"Brinquedos não têm gênero"
Cultura Visual e a construção visual de masculinidades e feminilidades desde a infância
DOI:
https://doi.org/10.36704/eef.v26i48.7141Palavras-chave:
Infâncias, Educação, Gênero, ImagensResumo
Roupas, filmes, desenhos animados, materiais escolares, brinquedos e outros artefatos da cultura visual indicam, aos meninos e meninas, maneiras específicas de experimentarem suas identidades e vivências. Neste artigo, temos como objetivo debater sobre artefatos da cultura visual relacionados às infâncias, investigando o que eles sugerem em relação à construção de masculinidades e feminilidades. Para tanto, utilizamo-nos de uma abordagem qualitativa e estruturamos uma pesquisa bibliográfica, dividida em dois tópicos. No primeiro, refletimos sobre as identidades infantis e as práticas culturais que se articulam, ao redor delas, distinguindo-as e constituindo-as a partir do gênero. Demos ênfase às práticas de Chá de Revelação para exemplificar a artificialidade com a qual, desde a cultura e as visualidades, produzem-se masculinidades e feminilidades. No segundo, o foco de análise fora conduzido aos brinquedos, percebendo-os como artefatos cujos significados ofertam referências aos meninos e meninas para que percebam, dentre outras coisas, o que é adequado ou não ao seu gênero.
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