Ativismo visual de Grada Kilomba na obra Ilusão, Narciso e Eco

Janete Santos da Silva Monteiro de Camargo; Teresa Kazuko Teruya; Izaque Pereira de Souza

doi:10.36704/eef.v26i48.7148

Autores

Janete Santos da Silva Monteiro de Camargo UEM (Universidade Estadual de Maringá) https://orcid.org/0000-0003-3673-3639
Teresa Kazuko Teruya Universidade Estadual de Maringá https://orcid.org/0000-0002-4876-4400
Izaque Pereira de Souza Universidade Estadual de Maringá https://orcid.org/0000-0003-2292-0791

DOI:

https://doi.org/10.36704/eef.v26i48.7148

Palavras-chave:

Afro-resistência, Artefato cultural, Arte performática

Resumo

Resumo: O ativismo visual é uma importante estratégia artística, muito utilizada por artistas visuais contemporâneos. Neste artigo o artefato cultural trazido é a performance artística Narciso Eco (2017), que é a composição visual número um da obra Ilusão, que está inserida na série de exposições denominada “Desobediências poéticas”. A obra citada é vista como um artefato cultural de afro-resistência, por abordar uma temática afro-brasileira e africana de forma política e engajada. Para nossa construção utilizamos a metodologia bibliográfica, alicerçados nos Estudos culturais e nos concentrando na vertente da cultura visual. Nesta investigação, nosso objetivo é investigar a potencialidade educativa da arte performática Ilusão, Narciso e Eco, da artista Grada Kilomba. Como resultados evidenciamos que a obra artística Narciso e Eco contribui para uma educação antirracista

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janete Santos da Silva Monteiro de Camargo, UEM (Universidade Estadual de Maringá)

Pós-graduanda do PPE, Programa de Pós-graduação em Educação, da UEM (Universidade Estadual de Maringá-Integrante dos Grupos de pesquisa; GPEMEC, grupo de Pesquisa em Educação, Mídia e Estudos Culturais e ARTEI-Grupo de Pesquisa em Arte, educação e Imagens, ambos pela UEM/Maringá, Paraná

Teresa Kazuko Teruya, Universidade Estadual de Maringá

Doutora em Educação, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Silva. .Pós doutora pela UnB (Universidade de Brasília). Professora aposentada pela Universidade Estadual de Maringá. (UEM), voluntária do Programa de Pós-graduação em Educação (Mestrado e doutorado), pela mesma Universidade. Líder do Grupo de Pesquisa em Educação, Mídia e Estudos Culturais (GPEMEC/UEM) tkteruya@gmail.com. Orcid https://orcid.org/0000-0002-4876-4400. Lattes http://lattes.cnpq.br/6114790100914539

Izaque Pereira de Souza, Universidade Estadual de Maringá

Doutor em educação (UEM-Universidade Estadual de Maringá)Compõe a Comissão Permanente para Verificação de Autodeclaração de candidatos pretos e pardos junto à Universidade Federal do Paraná e o Instituto Federal do Paraná (IFPR) e é Membro do NEIABI (Nucleo de Estudos Afrobrasileiros e Indigenas) do Instituto Federal do Paraná - Campus de Cascavel/PR. Faz parte do Grupo de Estudos e Pesquisa em Desenvolvimento da Educação Básica (GEPDE), Grupo de Pesquisa e Defesa dos Direitos Humanos Fundamentais da Criança e do Adolescente (GPEDDICA) e do Grupo de Pesquisa em Educação, Midias e Estudos Culturais (GPMEC). Link do Orcid https://orcid.org/0000-0003-2292-0791. Link do Lattes http://lattes.cnpq.br/0533180121544805 email- ipsouza.souza@gmail.com

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. Coleção feminismos plurais. São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen, 2019. 264 p.

BALISCEI, João Paulo. Provoque: cultura visual, masculinidades e ensino de artes visuais. 1. ed. Rio de Janeiro: Metanoia, 2020. 222 p.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm.Acesso em 10 nov., 2022.

BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico- raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília, 2004. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo- linha-editorial/publicacoes-diversas/temas-interdisciplinares/diretrizes-curriculares-nacionais-para-a-educacao-das-relacoes-etnico-raciais-e-para-o-ensino-de-historia- e-cultura-afro-brasileira-e-africana. Acesso em: 10 nov., 2022.

CONCEIÇÃO, Rosimeri. Um espelho com novas faces: gênero e raça nas propostas curatoriais contemporâneas. 10º semiário de pesquisa do mestrado em artes visuais SPMAV Sobre (vivências) estratégias poéticos-educativas e políticas em artes. Centro de artes UFPEL, 2021.

ECAS- 6ª Conférence europeénne des études africaines. Contestations, résistances et Afrique. Université Paris Pantheon Sorbanne: Paris 08-10 juillet, 2015. Disponível em: https://biblio.ugent.be/publication/6909417/file/6909420.pdf. Acesso em 28 set., 2022.

FANON, Franks. Pele negra, máscaras brancas. trad. Sebastião nascimento e Raquel Camargo. São Paulo. Ubu, 2008.

FERREIRA, Luzia Gomes. Grada Kilomba e Rosana Paulino: duas pérolas negras atlânticas na beira do Tejo – lembranças do olhar, do escutar e do observar. Revista Arteriais. N.07 dez., 2018. p. 214-234.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed, São Paulo: Atlas, 2002.

HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro, 11ª ed. Rio de Janeiro: DP& A, 2006.

HALL, Stuart. Da diáspora identidades e mediações culturais. Trad. Adelaide La guardiã Resende et all. Belo Horizonte: UFMG, 2003.

HALL, Stuart. Cultura e representação. Trad. Daniel Miranda e Willian Oliveira. Rio de Janeiro: Ed. PuC-Rio: Apicuri, 2016.

HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores da Cultura Visual. Proposta para uma Nova Narrativa Educacional. Trad. Ana Death Duarte. Porto Alegre: Mediação, 2007.

HERNÁNDEZ, Fernando. Pedagogias culturais: o processo de (se) constituir em um campo que vincula conhecimento, indagação e ativismo. In: Pedagogias culturais. MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene, org. Santa Maria: UFSM, 2014. p. 329-355.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Myrian Ávila; Eliane Lourenço de Lima Reis; Cláudia, Renate Gonçalves. Belo Horizonte UFMG, 1998.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobodó, 2019.

KILOMBA, Grada: Desobediências poéticas / curadoria Jochen Volz e Valéria Piccoli; ensaio Djamila Ribeiro. -São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019.

KILOMBA, G . “ILLUSIONS”, Multimedia performance, 2016–17. MaHKUscript: Journal of Fine Art Research, 2(1): 12, pp. 1–6, 2018

LIMA, Raisa Inocencio Ferreira. Arte e descolonização como um mecanismo de defesa na obra de Grada Kilomba. Revista PerCursos, Florianópolis, v. 20, n.44, p. 11 - 34, set./dez. 2019.

LIMA, Fátima. Um ebó artístico-epistêmico: desobediências poéticas em Grada Kilomba. Revista Espaço acadêmico, n. 226, jan., fev., 2021, p. 42-54.

MARCONDES, Guilherme; MARQUES, Roberto. Gramáticas do Atlântico negro: Virgínia Bicudo e Grada Kilomba. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, 2022. p. 01-14.

MARTINS, Raimundo.; TOURINHO, Irene. Circunstâncias e ingerências da cultura visual. In: MARTINS, Raimundo.; TOURINHO, Irene. (org). Educação da cultura visual: conceitos e conceitos. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2011.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: N-1 edições, 2018.

MENDES, Alessandro. Narciso e Eco Grada Kilomba. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i9Lu5vG51zE&t=133s. Acesso em 20 set., 2022.

MORAES, Claudia Leticia. A Arte Como Espaço de decolonização do Conhecimento. Análise de Três Performances de Grada Kilomba. Revista Espaço Acadêmico. n. 226, jan./fev., p. 55-57, 2021.

OLIVEIRA, Ivan Gomes. Diásporas narrativas: uma análise do hibridismo midiático na construção da leitura performática em Grada Kilomba. Língua Nostra Revista virtual de estudos de gramática e de linguística. V. 8, n.1, p. 16-37, jan., jul., 2021.

PINHO, Fabiana de. “Eu leio, eu escrevo a cidade”: narrativas negro femininas de descolonização da matriz colonial. Tese de doutorado (Programa de pós-graduação em literatura, cultura e contemporaneidade. Rio de Janeiro, 2021, 170 f.

RIBEIRO, Djamila. A Versatilidade e Vanguarda de Grada Kilomba. In: Desobediências poéticas / curadoria Jochen Volz e Valéria Piccoli. ensaio Djamila Ribeiro. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019.

SANTANA, Arão Paranaguá. Corpo, arte, vida e educação: contribuições da performance para as pedagogias culturais. In: In: Pedagogias culturais. MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene, org. Santa Maria: UFSM, 2014. p. 45-72.

SANTOS, Natielly de Jesus. O Slam das minas- Bahia: a performance poética de corpos de resistência. Revista Revell, v. 2, nº 25, ago., 2020, p. 682-697.

SANTOS, Géssica Brito. Os processos de negação da memória e da identidade negra em “a Máscara” de Grada Kilomba. Revista Hibero-americana de humanidades, ciência e educação. São Paulo, v. 6, n.12 dez., 2020, p.475-484.

SILVA, Alessandra Gomes da. A arte reflexiva de Grada Kilomba: um olhar para Narcissus e Echo na exposição Desobediências Poéticas. Revista África e Africanidades, n. 36, nov., 2020. p. 01-09.

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos históricos. São Paulo. Contexto, 2005.

VASCONCELLOS, Paulo Sergio de. Mitos gregos. São Paulo: Objetivo, 1998.

VOLZ, Jochen. Apresentação. In: Desobediências poéticas / curadoria Jochen Volz e Valéria Piccol ensaio Djamila Ribeiro. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019.

WOODWARDY, Kathryn. Identidade e diferença: Uma Introdução Teórica e Conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença a perspectiva dos Estudos Culturais (org.) 15. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2014. p. 07-72.