A Escrita como Agenciamento
Explorando Linhas de Minoração
DOI:
https://doi.org/10.36704/eef.v25i47.6909Palavras-chave:
Exercicio de escrita, Ensino remoto, Mestrado Profissional, Terapia OcupacionalResumo
Quais frequências sensíveis podem ser mobilizadas em processos de escrita? Duas linhas desdobram-se dessa questão formulada no contexto de um Mestrado Profissional em Terapia Ocupacional na Faculdade de Medicina da USP: a insuficiência da língua escrita para nomear e dar passagem a dimensões da experiência trazidas para o âmbito da pesquisa, que carregam algo de indizível; e a insegurança perante o que se nomeia como escrita acadêmica. Refletiremos um processo vivido em uma disciplina desse programa de mestrado, atravessado pelas experiências da pandemia, do distanciamento social, do ensino remoto e do desafio de, em meio aos quadriculados da tela, fazer emergir um encontro entre corpos. A partir de exercícios de escrita foi possível criar intimidade entre escritoras e texto, fazer advir linhas de minoração que geraram deslocamentos naquilo que aprisionava a escrita e o pensamento, e dar relevo à força da experiência na formulação das questões de pesquisa.
Downloads
Referências
BENJAMIM, W. Experiência e Pobreza. In: Walter Benjamin – Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Prefácio de Jeanne Marie Gagnebin. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 114-119.
CAMARGO, K. A. Abuso sexual infantil – uma cartografia: silenciamento, testemunho, ressentimento, esquecimento. Mestrado em Psicologia Clínica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016.
DELEUZE, G. Conversações (trad. Peter Pál Pelbart). São Paulo: Ed 34, 1992.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia. Vol. 2 (Trad. Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão). São Paulo: Ed. 34, 1995.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Três novelas ou “o que se passou? In: Mil Platôs - capitalismo e esquizofrenia. Vol. 3. (Trad. Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão). São Paulo: Editora 34, 1996.
GALHEIGO S. M. Narrativas contemporâneas. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 20, n. 1, p. 8-12, jan./abr. 2009
GODOY, A. Quando a escrita engendra um meio de combate [ou como a educação devêm uma política de dissolução. (Comunicação em Simpósio) Primeras Jornadas Gilles Deleuze "Pensar con y desde el Arte". Mar del Plata-Argentina: Universidad Nacional de Mar del Plata, 2011.
INFORSATO, E. A.; EDERLI G. P. (2022) Elementos para uma narratividade em Terapia Ocupacional - contribuições da escrita para a pesquisa na interface arte e clínica. Livro do IV Encontro Internacional de Reflexão sobre Práticas Artísticas Comunitárias (EIRPAC) - Práticas Artísticas e Risco no Contemporâneo. Porto - Portugal: Mexe/PELE (no prelo).
KASTRUP, V. Pesquisar, formar, intervir. In: Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio científico em Psicologia. XIII Anais. Fortaleza: ANPEPP, jun, 2010.
LARROSA, J. O ensaio e a escrita acadêmica. Educação e Realidade - UFRGS. v.28, n.2, 2003.
LIMA, E. A.; ARAGON, L. E. Agenciamento coletivo de clínica: conceitos se fazendo nos encontros. In: LIMA. E. A.; FERREIRA NETO, J. L.; ARAGON, L. E. Subjetividade Contemporânea: desafios teóricos e metodológicos. Curitiba: Edltora CRV, 2010. pp. 129-148.
MACHADO, A. M. Quando a escrita toca a produção institucional em um trabalho de extensão universitária. Tese de Livre Docência, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. https://doi.org/10.11606/T.47.2021.tde-15122021-115559
MACHADO, A. M.; FONSECA, P. F. A escrita endereçada como prática de formação e construção de realidade. Mnemosine, UERJ. Vol.15, nº1, p. 4-22, 2019.
MACHADO, A. M.; HAHNE, B;. S. MARTINEZ, C. T. Enfrentando a escrita-em-dívida na formação de pesquisadores. Movimento - Revista de Educação, v.7, n.14, 2020.
MPTO-FMUSP. (Mestrado Profissional em Terapia Ocupacional) Caderno Coletivo. Material de escrita coletiva produzido durante a disciplina MFT5734 “O Brincar, A Escola, A Cultura e A Participação Infanto-Juvenil: Acompanhamento de Projetos de Pesquisa”. MPTO-FMUSP, set-out, 2021.
NUNES, R. S. Considerações em torno de uma dedicatória. (Texto-base da Conferência ao “Congresso Internacional 50 Anos depois da Pedagogia do Oprimido” (11 a 13 Julho, 2018) na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Psicologia Escolar e Educacional [online], v.22, n.2, 2018.
https://doi.org/10.1590/2175-3539201802000.
PRECIADO, P. B. La izquierda bajo la piel. (prefácio). In: Rolnik, S. Esferas da Insurreição - notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.
RIBEIRO, C. R. Um problema, um acontecimento: política e ética da pergunta-verbo. 4to Congreso Latoniamericano de Filosofia de la Educación (10 a 13 de outubro de 2017), v.4, 2017. http://filosofiaeducacion.org/actas/index.php/act/article/view/276
ROLNIK, S. Pensamento, Corpo e Devir: uma perspectiva ético/ estético/ política no trabalho acadêmico. Cadernos de Subjetividade PUC-SP. São Paulo, vol.1, no 2, 241-251, 1993.
STENGERS, I. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n.69, p.442-464, abr, 2018. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p442-464
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.