“Elas ficam meio injustiçadas”:
infância, gênero e desigualdade em bairros de Curitiba
DOI:
https://doi.org/10.36704/eef.v24i44.5542Palabras clave:
Cidade, Criança, EliasResumen
Investiga-se neste artigo, se há diferença no uso que meninas e meninos fazem do bairro e da cidade -a depender da região da cidade onde moram- e no que essas diferenças influenciam em suas redes de interdependência (Elias). Para tal são analisados dados quantitativos obtidos por meio de um questionário entregue a 1600 famílias de crianças estudantes de 27 escolas municipais de Curitiba e também qualitativos a partir da conversa com dez crianças moradoras de diferentes regiões da cidade. Conclui-se que, enquanto as meninas apresentaram pouca autonomia e mobilidade espacial cotidiana no bairro e um alargamento da mobilidade na cidade (ainda que acompanhadas e somente em eventos), com os meninos ocorreu o contrário, principalmente com os meninos do sul-extremo sul que, embora com maior autonomia nas saídas próximas, ficavam bastante circunscritos aos seus próprios bairros e saindo menos a lugares que proporcionariam uma ampliação cultural para fora do bairro.
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