Convergências possíveis de potencialidades críticas:
diálogos entre Educação Ambiental e Direito
DOI:
https://doi.org/10.36704/eef.v24i44.5476Palavras-chave:
Ambiente, Conhecimento, Decolonialidade, Direito, Educação AmbientalResumo
O conhecimento produzido em determinado lugar desempenha um papel fundamental na construção e manutenção da memória de um povo, uma cultura, uma outra organização social, enfim, de toda uma gama de sujeitos que através dos processos comunicativos estabelecem linguagens falada, gestual, sensorial, sobretudo ligadas ao resgate do ser na coletividade. A temática, portanto, desta pesquisa reconhece a abordagem freiriana dos saberes tradicionais como fontes do conhecimento científico, porque para este último, houve uma diferenciação daquilo que foi apreendido para de certo modo traçar outros propósitos. Objetivamos com o presente artigo, compreender possíveis caminhos, a partir do conhecimento produzido pelos saberes tradicionais, que relacionem a Educação Ambiental e o Direito, de modo a possibilitar a busca da transformação da realidade socioambiental. A metodologia adotada foi a analética de Dussel, e os resultados apontam para a necessidade de uma decolonialidade do conhecimento científico nestes campos.
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