A transformação cultural Iny Karajá frente ao seu processo de reconhecimento territorial

Autores

  • Juliana Adono da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.5945

Palavras-chave:

Transformação cultural. Inÿ Karajá. Buridina. Reconhecimento territorial. Modo de vida.

Resumo

O trabalho se propõe a demonstrar elementos gerais do processo de transformação cultural Inÿ Karajá da comunidade Buridina frente ao seu reconhecimento territorial, o qual é dotado de complexidade, uma vez que a área demarcada não abrangeu todos os espaços essenciais para a reprodução de seu modo de vida. A redução do território diante de suas necessidades limitou a liberdade de sua reprodução física, social e cultural. Nesse contexto, devido ao aumento populacional da comunidade e à supressão territorial, uma série de problemas e impactos atingiram a vida do povo que habita a Terra Indígena Karajá de Aruanã I, no estado de Goiás. Diante disso, são os Inÿ Karajá um povo que luta, vive e resiste, a partir de suas próprias estratégias e formas de (re)organização. Pretende-se, com o trabalho, problematizar a questão dos povos indígenas enquanto sujeitos de direitos, em relação aos seus direitos territoriais, mediante a contextualização da situação jurídico-sócio-cultural do povo Karajá de Aruanã I, cujo processo demarcatório ignorou a dimensão da ocupação e da territorialidade indígena que ali já haviam, consequentemente, dificultando a efetividade dos seus demais direitos reconhecidos constitucionalmente, a saber: os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, bem como a proteção aos seus modos de criar, fazer e viver. Sendo a pesquisa de caráter qualitativo, utiliza-se como marco teórico a propositura crítica do direito, inserida na linha crítico-metodológica, da vertente jurídico-sociológica.

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Publicado

2022-07-27

Como Citar

da Silva, J. A. (2022). A transformação cultural Iny Karajá frente ao seu processo de reconhecimento territorial . SCIAS. Direitos Humanos E Educação, 5(1), 205–224. https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.5945